I SNEA – Atas – Comunicações em Painéis

DIVULGAÇÃO DE ASTRONOMIA PARA O PÚBLICO INFANTIL: BRINCADEIRAS, CANÇÕES E REPRESENTAÇÕES DENTRO DO PLANETÁRIO (CP67)

Autores:

Marilaine de Souza Santos, Edmilson de Souza, Paulo Souza da Silva, Geni da Silva Costa, Poliane da Silva Paixão, Douglas Bortolanza Lara e Samuel Lemes de Campos (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS) (Núcleo de Divulgação Científica – NDC)

Palavras-chave:

Divulgação de Astronomia

Nesse trabalho destacamos a construção de uma apresentação para a mediação de conhecimentos básicos de astronomia com o público escolar infantil das séries iniciais da Educação Fundamental do município de Dourados-MS. Os conteúdos selecionados na fase de planejamento se reportam aos Parâmetros Curriculares Nacionais. A apresentação ocorre no interior de um planetário móvel adquirido pela UEMS, através do MCT/FINEP. Para tanto, foram organizadas quatro etapas de apresentação: momento musical; a dança da estrela; construindo representações simbólicas; e, movimentos do céu noturno. Na etapa de recepção das crianças ao interior do planetário, instruções de segurança são informadas e posteriormente, o monitor, para gerar um clima de descontração e tranquilidade, até por conta do ambiente escuro causar “medo” em alguns estudantes, os convida a cantarem uma música infantil (difundida pela grande mídia), que faz alusão ao valor dos estudos e à necessidade de dedicação aos mesmos. Durante esse período, os estudantes atendendo ao monitor, com aplausos, acompanham a canção, que estabelece um ambiente agradável e integrador. Na segunda etapa, é entregue uma esfera de plástico transparente que se ilumina quando sofre uma pequena “batida” (perturbação mecânica), emitindo uma luz intensa, colorida e cintilante, que causa um efeito belo e desperta nas crianças a curiosidade. Os estudantes são convidados, através de uma brincadeira popular, conhecida em Dourados como “batata-quente” a passarem a esfera antes que a mesma apague. Em seguida, são realizadas algumas explicações básicas sobre a existência das estrelas a partir da experiência da brincadeira. Na terceira etapa, uma breve projeção de slides procura explorar os conhecimentos a cerca de três constelações, Caçador (Órion), Escorpião e a da Cruzeiro do Sul, com o uso de outra brincadeira popular no meio infantil, o “ligue  pontos”. A escolha dessas constelações se deve a três critérios estabelecidos: apresentam um grupo de estrelas com magnitudes suficientes para visualização à vista desarmada (oferecendo maior facilidade para localização); suas configurações permitem a formação de símbolos familiares que através da mediação procuram tratar o não-familiar, isto é, as constelações tal como são entendidas e designadas em Astronomia; e, finalmente, a existência nessas constelações de uma estrela com coloração avermelhada (gigante vermelha), com o fim de estabelecer uma breve exposição sobre a trajetória de vida das estrelas. A etapa final consiste na exibição das projeções do planetário propriamente dito, solicitando aos estudantes que se coloquem de olhos fechados (efeito da surpresa e acomodação da luz), e posteriormente são apresentados os movimentos da abóbada celeste explorando todos os pontos desenvolvidos nas etapas anteriores da comunicação. Ao final, o processo de saída é iniciado através do convite às crianças para cantarem uma música infantil conhecida como “borboletinha”, fazendo referência à figura familiar da borboleta utilizada como mediadora na brincadeira do “ligue pontos” na identificação da constelação do Caçador. Finalmente, na parte externa do planetário, uma pequena carta celeste é entregue centrada em Órion, com orientações para os estudantes observarem pela noite em suas próprias casas. O projeto atendeu cerca de 800 crianças nos meses de novembro e dezembro de 2010, nas escolas públicas municipais E. M. Aurora Pedroso de Camargo, E. M. Profa. Efantina de Quadros e E. M. Luiz Antônio Álvares Gonçalves, todas localizadas em regiões periféricas de Dourados.