I SNEA – Atas – Comunicações em Painéis

O CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA PROPOSTO PARA O ENSINO MÉDIO PELO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO (CP65)

Autores:

Daniel R. Soler (Mestrando do Programa Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo), Cristina Leite (Instituto de Física da Universidade de São Paulo)

Palavras-chave:

Astronomia, PCN, Currículo, Ensino Médio

Um dos grandes objetivos da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), no final da década de 90, foi o de balizar os critérios a serem adotados para a escolha dos conteúdos dos currículos de todo o país. No caso do atual Currículo do Estado de São Paulo, a influência dos PCN parece significativa: são encontradas diversas referências às recomendações dos PCN, em particular àquelas relativas aos conteúdos. Este trabalho se insere na intenção de identificar essas correspondências, particularmente com os conteúdos de Astronomia propostos para o Ensino Médio (EM). Para identificar os conteúdos de Astronomia propostos pelo estado de São Paulo, foram analisados os Cadernos do Professor, principal material fornecido aos professores da rede pública estadual para auxiliá-los no planejamento de suas aulas. Verificou-se a existência de conteúdos de Astronomia nos Cadernos dos 3º e 4º bimestres da 1ª série de Física, nos quais há um total de onze Situações de Aprendizagem (SA) sugeridas. A partir da análise dessas SA, percebe-se que, pelo menos do ponto de vista dos conteúdos de Astronomia, parece haver correspondência àqueles propostos pelos PCN. Todavia, apenas “Interação gravitacional” (em 3 SA), “Medidas astronômicas” (em 4 SA), e “Teorias e modelos de Universo e sua evolução” (em 3 SA), são conteúdos contemplados plenamente nas SA analisadas. “Sistema Terra-Lua-Sol” é meramente citado como possibilidade de desenvolvimento numa atividade final de uma das SA. “Vida fora da Terra” não vai além da apresentação da equação de Drake, e da discussão de que, do ponto de vista científico, não há evidências de vida extraterrestre, excluindo-se qualquer discussão sobre Astrobiologia. E “Relações entre modelos de Universo e culturas humanas” só aparece na discussão sobre mudança do paradigma geocêntrico para o paradigma heliocêntrico, ocorrido entre os séculos XV e XVII.

Arquivo do Trabalho: 

SNEA2011_TCP65