I SNEA – Atas – Comunicações em Painéis

RESGATE DA CULTURA ESTELAR INDÍGENA (CP59)

Autores:

Camila Gabriela de Melo Silva(PUC Minas/Grupo de Astronomia e Astrofísica – GAIA Museu de Ciências Naturais PUC Minas), Paulo Henrique Guimarães Melquiades(PUC Minas/Grupo de Astronomia e Astrofísica – GAIA Museu de Ciências Naturais PUC Minas), Peter Leroy Faria(PUC Minas/Grupo de Astronomia e Astrofísica – GAIA Museu de Ciências Naturais PUC Minas)

Palavras-chave:

divulgação científica, cultura brasileira, constelações indígenas, planetário

Este trabalho tem como objetivo resgatar a cultura indígena brasileira, através do redescobrimento de seus conhecimentos astronômicos e a divulgação desses conhecimentos a um público amplo. O seu desenvolvimento se dá por meio de oficinas e sessões no planetário móvel do GAIA (Grupo de Astronomia e Astrofísica Museu PUC Minas). As sessões de planetário são apresentadas de forma diferenciada, com abordagem à cosmologia indígena e mostra das constelações de tribos do grupo tupi-guarani, estudados por Afonso (2006) e outros autores, como Fonseca et al (2007). O trabalho é desenvolvido em duas ações maiores do GAIA: junto aos visitantes do Museu PUC Minas e durante a “Caravana Astronômica” que leva conhecimentos da Astronomia a localidades de Minas Gerais onde este acesso inexiste ou é pouco explorado. Além das sessões de planetário, a divulgação das constelações indígenas é feita por meio de oficinas de Carta Celeste. Nas oficinas são abordados conteúdos teóricos sobre as constelações indígenas mais conhecidas e já mostradas no planetário: a Ema, a Anta, o Homem Velho, o Veado, o Tinguaçu. Após a teoria, os participantes são orientados a construir suas cartas celestes, com material fornecido pelo GAIA e praticam a orientação por meio das constelações indígenas. Até o final de 2010, a divulgação da Astronomia indígena por meio do planetário e das cartas celestes foi levada, em média, para 2000 pessoas do interior de Minas Gerais e 3000 alunos de escolas da região metropolitana de Belho Horizonte, visitantes do Museu de Ciência Naturais PUC Minas. Pretende-se ampliar a proposta no intuito de envolver um maior número de pessoas, uma vez que este trabalho pode funcionar como elemento de resgate da cultura indígena brasileira, valorizando-a como base da cultura brasileira.