I SNEA – Atas – Comunicações em Painéis

ESPECTROSCOPIA: TIRANDO A CARTEIRA DE IDENTIDADE ESTELAR (CP48)

Autores:

Leonardo de Almeida Prata (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro)

Palavras-chave:

Analogias, Espectroscopia, Ensino Não-Formal

O presente trabalho intenta apresentar uma analogia lúdica do espectro solar como recurso didático para espaços não-formais de educação científica. A divulgação científica possui um papel fundamental no despertar da curiosidade e interesse dos jovens pelas carreiras que tratam das ciências e das tecnologias por uma simples questão de fazer sentido para as suas vidas os conceitos apresentados de forma familiar com a sua realidade e de fácil compreensão. Assim, as analogias e formas visuais são de extrema utilidade para despertar o interesse não só dos jovens, mas a qualquer pessoa que identifique o bom-humor na mensagem que se pretende transmitir.

Podemos então dizer que a analogia é um tipo de comparação entre dois conceitos/fenômenos/assuntos que mantém certa relação de semelhança entre ambos. Os elementos que constituem uma analogia são: o análogo (representa o conhecimento já familiar), o alvo (representa o conhecimento desconhecido).

O vislumbre do céu estrelado sempre foi uma forma do ser humano buscar respostas e contemplações acerca de sua natureza, origem, desejos, fé, enfim, sua própria essência. A admiração e busca por respostas impulsionou várias pessoas á diversos comportamentos, desde o amor ao estudo sistematizado de suas propriedades. As estrelas que enfeitam e iluminam o céu noturno, sempre foi motivo de inspiração e mistério para a humanidade. Graças à Astronomia, hoje podemos compreender um pouco melhor o universo que nos circunda. Para tal conhecimento, a espectroscopia foi de uma importância ímpar e fundamental.

O presente trabalho pretende apresentar uma analogia lúdica para a os conceitos iniciais de espectroscopia, registrando através de uma cédula de identidade (RG) o espectro solar, comparando-o com a impressão digital, intentando gerar questionamentos, após o momento de descontração, sobre o meio com o qual os astrônomos identificam os elementos químicos presentes nas estrelas.

Tendo em vista as dificuldades encontradas nos modelos tradicionais de ensino, nos quais muitos docentes são formados tornando-se meros reprodutores das linguagens tecnicistas, o bom-humor sempre é bem vindo para gerar interesse por quaisquer assuntos que se proponham a comunicar. .

Na astronomia é bem comum ouvirmos expressões como buraco de minhoca, anéis de Saturno, cinturão de asteróides, etc. Termos que representam a importância do raciocínio analógico na compreensão e abstração de conceitos, fenômenos e eventos astronômicos. Entretanto, para a estrela mais próxima do nosso planeta, quase não possuímos analogias para descrever os seus fenômenos e propriedades. Sendo o evento astronômico que está mais presente na vida de todas as espécies terrestres. A necessidade de divulgar o espectro solar, assim como um dos métodos que a ciência utiliza para estudá-lo, é relevante para sociedade e uma importante ferramenta para divulgação científica. Porém, ainda um assunto complexo.

Partindo destas questões norteadoras, questionamo-nos em como apresentar a um leigo o espectro solar, sem associá-lo com um arco-íris no fundo de umas linhas coloridas? Provavelmente, relacionado as linhas à uma característica única de cada elemento químico formado e aquecido no interior das estrelas, no caso utilizando como análogo uma impressão digital, que também é uma característica única de cada ser humano.

Arquivo do Trabalho: 

SNEA2011_TCP48