RESGATANDO A ASTRONOMIA DAS GRANDES NAVEGAÇÕES: ENSINANDO ASTRONOMIA ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS DO SÉCULO XVI (CP47)

Autores:

Higor Fabiano Pereira de Castro(PUC MInas/Departamento de Física), Andrey Alex de Paula(PUC MInas/Departamento de Física), Peter Leroy Faria(PUC MInas/Departamento de Física)

Palavras-chave:

grandes navegações, astrolábio, determinação da latitude

Vivemos uma era completamente digital. Nosso mundo é dependente e envolto a aparelhos e siglas que há apenas 20 ou 30 anos não faziam nenhum sentido, como GPS, MP3, MP4, Ipod, Iphones, realidade virtual, etc. A grande maioria das pessoas, sobretudo nos grandes centros, é cada vez mais dependente desse mundo eletrônico e mais distante do mundo natural, da observação dos fenômenos naturais. As pessoas raramente olham para o céu. Para saber as fases da Lua, olham para o calendário, não associam mais o tempo e as horas com a posição do Sol no céu, ou a altura do Sol em relação ao horizonte, com as estações do ano. O intuito deste trabalho é trazer as pessoas de volta para um ponto mais próximo da natureza e estabelecer uma ligação maior entre homem e ela, sem muita intervenção do “virtual”. O ponto de partida e grande motivador para esse processo foi resgatar a técnica de determinação da latitude, dos grandes navegadores do século XVI, reproduzindo e utilizando alguns de seus instrumentos. Durante a pesquisa a passagem do Sol pelo meridiano foi determinada, todos os dias, no período de um ano, utilizando-se uma réplica de um astrolábio náutico. Construiu-se uma tabela de declinações do Sol para Belo Horizonte, Minas Gerais e, utilizando-se desta, foram determinadas latitudes de diferentes cidades, observando-se o Sol na sua passagem meridiana nestes locais. Foram feitas também réplicas de Balestilhas e Sextantes e observações realizadas com as mesmas. Estabeleceu-se também, com este enfoque, um vínculo entre assuntos abordados nas disciplinas de Introdução a Astronomia, História da Ciência e Evolução das Idéias da Física, no curso de Física da PUC Minas.