I SNEA – Atas – Comunicações em Painéis

INSTRUMENTOS ASTRONÔMICOS NOS TRABALHOS SOBRE EDUCAÇÃO APRESENTADOS NAS REUNIÕES ANUAIS DA SAB (CP28)

Autores:

Gabriela Brito Ortelan (UFSCar) e Paulo Sergio Bretones (DME/UFSCar)

Palavras-chave:

estado da arte, pesquisa acadêmica, instrumentos astronômico

O uso de instrumentos de observação no ensino de Astronomia é muito importante para contextualizar a aprendizagem e abordar conteúdos, tornando a aprendizagem significativa para o aluno. Além disso, é parte da própria natureza da Astronomia fazer uso destes aparelhos para o conhecimento dos astros. Pesquisas do tipo estado da arte podem ajudar a conhecer as tendências da produção num determinado campo e indicar lacunas a serem supridas. Neste trabalho são apresentados os resultados de uma pesquisa sobre os trabalhos apresentados nas Reuniões Anuais da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) na sessão de Ensino e História que tratavam de Instrumentos de observação. O objetivo é verificar as tendências nesta área de pesquisa, bem como os focos temáticos, os níveis escolares e as instituições que mais apresentaram trabalhos nestes eventos. Para isso, foram utilizados os anais dos eventos e analisados 388 resumos de 1977 até 2010. Dos 332 trabalhos relacionados à educação em Astronomia, 47 tratavam do tema Instrumentos de observação como: telescópios, lunetas, astrolábio e outros bem como sua presença em observatórios. Quanto aos focos temáticos, os trabalhos foram classificados em três grupos: (A) Recursos didáticos, conteúdo e método com 15 resumos (31,9%) que tratam da construção e utilização de instrumentos no ensino; (B) Currículos e programas com 6 resumos (12,8%) que tratam de instrumentos como parte de cursos ou análises da sua presença em currículos e em programas de ensino e (C) Observatórios com 26 resumos (55,3%) que abordam as atividades de observatórios, suas estruturas e equipamentos. Tratando-se do nível escolar, 33,9% do total relacionam-se ao Ensino Médio, seguido pelo nível Geral, que abrange todas as categorias de escolares, com 20,3%. No foco A, predomina o Ensino Médio, com 44,4% dos resumos. Já no foco B, 50% dos resumos relacionados a este nível. Essa predominância é explicada pelo grande número de trabalhos que tratam de cursos destinados a alunos do Ensino Médio e atividades de construção de equipamentos e seu uso na observação do céu. Para os trabalhos relacionados ao foco C, predomina o nível escolar Geral, com 30,3%. Isto pode estar relacionado à atuação dos observatórios no atendimento a alunos de todos os níveis escolares. Em seguida, neste foco, verifica-se o nível Ensino Médio, com 24,2% dos resumos, que tratam especificamente de visitas aos observatórios e observações nas próprias escolas com alunos deste nível. O outro nível mais abordado foi o Ensino não-escolar, que não se limita a níveis escolares tradicionais, mas ao público em geral, com 21,2%. Do total dos resumos analisados, a instituição que mais publicou foi a UFRJ, com 14,5% dos trabalhos. Este número se relaciona aos estudos relacionados às atividades do Observatório do Valongo. Outras instituições que publicaram maior número de trabalhos são: Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, INPE e USP, cada um com 9,7% dos trabalhos, em grande parte, relacionados a telescópios remotos. Não foram localizados resumos que tratam do ensino das características dos instrumentos, explorando as imagens dos astros observados como aumento, resolução etc.

Arquivo do Trabalho: 

SNEA2011_TCP28